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Experiência cearense da transferência de água do São Francisco é destaque em Webinar

Experiência cearense da transferência de água do São Francisco é destaque em Webinar

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O evento aconteceu no Dia Mundial de Combate à Desertificação e teve o Cinturão das Águas, obra completar de transferência de água, como um dos assuntos destaques nas palestras

A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES Diretoria Nordeste, realizou na manhã desta quinta-feira (17) um Webinar para discutir o planejamento e integração das ações do Projeto São Francisco. O evento, que teve o tema “Um caminho pelas águas do Rio São Francisco: o Rio da Integração”, foi transmitido pela plataforma do Youtube.

Na primeira intercessão do evento, a professora Rosa Formiga destacou a complexidade do planejamento das bacias Inter federativas, que é o principal desafio para uma gestão de recursos hídricos. Durante sua fala a professora destacou o trabalho da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) na gestão dos comitês de bacia estaduais e no planejamento de ações dos recursos hídricos.

O secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, participou do evento como palestrante frisando a concepção inicial do Projeto São Francisco e o papel dos Estados nas obras complementares. “Os Estados beneficiados com o Projeto de Integração do São Francisco, em conjunto com a realização da obra, iam pensando e planejando obras acessório, que são os pilares de transferência de água nos Estados.”

Teixeira mapeou as obras complementares dos Estados como a adutora do Agreste em Pernambuco e os projetos de adutoras na Paraíba e focou no Cinturão das Águas do Ceará, obra complementar que realiza a transferência das águas do São Francisco para outras regiões do Estado. “Hoje, nós já temos água do Velho Chico na região metropolitana de Fortaleza e no maior reservatório cearense, o Castanhão. Em breve, com o término das obras do CAC, teremos essa água na região do Cariri. Ao todo serão beneficiados 86 municípios do Ceará”. O projeto básico do Projeto de Integração do São Francisco previa o benefício de 56 municípios no Ceará, com a obra complementar cearense 86 municípios deverão receber as águas do São Francisco.

A gestão hídrica do Ceará também foi destaque no Webinar. O secretário Teixeira explicou a forma de trabalho do Estado, com foco na gestão de oferta dos recursos hídricos e na gestão da demanda. “O Ceará ainda vive com reflexos de uma grande seca, atualmente nós temos 30% da capacidade dos reservatórios, a quadra chuvosa terminou abaixo da média, então nós gerenciamos toda a oferta e a demanda para que possamos atender, prioritariamente o uso humano, mas que possamos também beneficiar o setor produtivo. Usamos a diversificação da matriz hídrica para atender todo o Estado, cada região e cada município tem suas particularidades, então trabalhamos através do grupo de contingência cada situação em particular.”

Conheça o Cinturão das Águas – CAC

Concebido para viabilizar uma maior capilaridade das vazões transpostas pelo Projeto de Integração do Rio São Francisco em território cearense, o Cinturão das Águas – CAC é responsável pela transferência dessas águas para os reservatórios cearenses e as Regiões Metropolitanas de Fortaleza e do Cariri.

Os primeiros 53k da obra do CAC já receberam as águas do São Francisco, levando-as até o Riacho Seco, no município de Missão Velha, depois fluindo para o Rio Salgado e Rio Jaguaribe, até, onde finalmente, alcançou o açude Castanhão. Do maior reservatório cearense, as águas foram bombeadas para a Região Metropolitana de Fortaleza.

A outra parte da obra, que consiste nos lotes 03 e 04, vai representar um relevante aumento da garantia hídrica da Região do Cariri, a segunda em densidade demográfica e em importância econômica do Estado. Segundo o secretário Teixeira o CAC aumenta a disponibilidade hídrica para os múltiplos usos de toda a população da Região do Cariri.

 

Marina Filgueiras - Ascom SRH - Texto

 

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