Adolfo Lutz confirma febre-amarela em macacos encontrados sem vida
Mendes Aguiar
Compartilhar
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou, nesta segunda-feira, 6 de janeiro, que os exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz de São Paulo, nos quatro macacos encontrados mortos no campus da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto/SP, testaram positivo para febre-amarela.
Os macacos foram encontrados no final de dezembro, na mata do campus da Universidade e a presença do vírus nos animais foi feita pelo Centro de Pesquisa em Virologia da USP de Ribeirão Preto, a partir de exames nas vísceras deles.
A contraprova foi feita pelo Instituto de São Paulo. Na sexta-feira, (3), o prefeito de Ribeirão Preto Ricardo Silva (PSD) e o Secretário Municipal de Saúde, Mauricio Godinho, anunciaram que a Secretaria de Saúde está realizando busca ativa e vacinação no entorno do campus da USP.
A busca é em uma área de até 300 metros do local. Posteriormente, será feita a prevenção com a busca ativa, os chamados “corredores ecológicos”. Ou seja, nos condomínios que ficam próximos às matas e onde pode haver circulação do mosquito silvestre que pode transmitir a doença.
Segundo secretário, o vírus está restrito aos macacos e não existe circulação da febre-amarela em humanos na região de Ribeirão Preto. “As crianças que estão no calendário vacinal de vacinação têm acesso aos postos para receberem a vacina”, disse. Ele lembrou que não é preciso uma busca desenfreada da população as Unidades de Saúde em busca de vacinação.
“A prefeitura está se comprometendo a fazer a busca ativa e selecionar as pessoas que precisam ser vacinadas”, completou. A Secretaria possuía três mil doses da vacina contra a febre-amarela, mas o município conseguiu mais 20 mil doses junto ao governo. Para isso a, Secretaria de Estado da Saúde está remanejando 20 mil doses da vacina para a Vigilância Epidemiológica de Ribeirão Preto.
Em 2017, Ribeirão Preto teve duas mortes confirmadas por febre-amarela. Na época, por conta disso, alguns populares começaram a agredir macacos. Vale ressaltar que esses animais não transmite a doença. O macaco é um hospedeiro da doença, transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes (silvestres) e o aedes aegypt, ou seja, não é o macaco que transmite a doença, quem transmite a doença aos humanos são mosquitos.