Por Mendes Aguiar – São Carlos/SP, 31 de outubro de 2025

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), deflagrou na manhã de quarta-feira (29) a Operação Antígeno, visando desarticular uma organização criminosa investigada por comercializar medicamentos falsificados ou de origem desconhecida, além de praticar lavagem de dinheiro.

As investigações tiveram início em Ribeirão Preto/SP, após um hospital identificar um lote de imunoterápicos com indícios de falsificação. A partir desse caso, os investigadores descobriram a atuação de uma estrutura criminosa sediada principalmente nos estados do Rio de Janeiro e Goiás, responsável por fornecer fármacos falsificados ou de procedência ignorada a hospitais em diversas unidades da Federação. O foco do grupo seria a venda de medicamentos de alto custo, utilizados no tratamento de doenças graves, como o câncer.

O GAECO contou com o apoio dos Ministérios Públicos do Rio de Janeiro e de Goiás para o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 15 milhões em nome dos investigados e de empresas ligadas a eles, além do sequestro de imóveis, veículos e a apreensão de bens, como dinheiro em espécie.

Também foi determinada a suspensão das atividades das companhias envolvidas e a proibição de os investigados exercerem funções relacionadas à comercialização de medicamentos e produtos hospitalares. Conforme o Ministério Público, o grupo utilizava empresas de fachada para ocultar e dissimular valores obtidos de forma ilícita, caracterizando o crime de lavagem de capitais.

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