Engenheiro foi encontrado morto a beira da praia
Mendes Aguiar
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A morte do engenheiro civil Lucas Naves, 34 anos, abalou familiares, amigos e a comunidade brasileira após seu corpo ter sido encontrado na costa de Puerto Madryn, na Patagônia Argentina, na última semana.
Lucas, natural de Ribeirão Preto (SP), havia viajado para a Argentina em busca de uma oportunidade internacional na área de infraestrutura portuária, mas sua vida foi abruptamente interrompida de forma ainda cercada de mistério.
Lucas havia saído para caminhar próximo à orla e, desde então, não foi mais visto. As autoridades argentinas confirmaram que o corpo foi encontrado em uma área de difícil acesso, com marcas que estão sendo analisadas para determinar se houve ou não violência. A hipótese de afogamento não está descartada, mas também não é conclusiva.
Lucas mantinha contato diário com a mãe e a irmã, e nunca havia relatado qualquer situação de risco ou desentendimento no país. A última mensagem enviada por volta das 19 horas do dia anterior. “Ele estava empolgado com os projetos na Argentina, parecia estar vivendo um bom momento. A gente só quer entender o que aconteceu”, disse Ana Naves, irmã do engenheiro.
A embaixada do Brasil na Argentina acompanha o caso e oferece apoio aos familiares, que viajaram até o país para acompanhar de perto os trâmites legais. O traslado do corpo está sendo organizado com auxílio diplomático e a expectativa é de que o velório aconteça em Ribeirão Preto.
A Polícia Federal brasileira também foi acionada e deverá colaborar com os investigadores argentinos, especialmente se for confirmada alguma circunstância suspeita relacionada ao falecimento. A perícia deve indicar se Lucas sofreu agressões, ingeriu alguma substância ou teve algum problema de saúde súbito.
Além de ser um profissional dedicado e reconhecido no setor de obras civis, Lucas era conhecido por seu espírito aventureiro, empatia e desejo de fazer a diferença no mundo. Em redes sociais, amigos e colegas deixaram diversas mensagens de pesar e homenagens à sua trajetória de vida.
“Ele era um irmão para mim. Ainda não consigo acreditar. Estava cheio de planos, sonhava em construir coisas que melhorassem a vida das pessoas”, contou Bruno Sampaio, amigo de infância e também engenheiro.
A tragédia também reacende discussões sobre a segurança de brasileiros que vivem e trabalham no exterior, especialmente em regiões turísticas ou afastadas dos grandes centros urbanos. Organizações que prestam apoio a brasileiros no exterior reforçam a importância de manter contato constante com familiares e consulados durante viagens longas ou trabalhos fora do país.
Enquanto a investigação segue em sigilo, a dor da família é acompanhada pela urgência de respostas que tragam não apenas explicações técnicas, mas paz para os que ficaram. Fábio Benedicto – A Folha Ribeirão